segunda-feira, 20 de outubro de 2008

CLORALDINO SEVERO CRITICA PROPOSTA DE PRORROGAÇÃO DOS CONTRATOS DE PEDÁGIOS NO RIO GRANDE DO SUL
Ministro dos Transportes no governo do presidente João Figueiredo e hoje consultor em sistemas de transportes, Cloraldino Severo tem se dedicado a estudar a experiência dos pólos rodoviários e a proposta de prorrogação dos contratos do plano de concessão de rodovias no Rio Grande do Sul. Severo foi o palestrante da reunião-almoço que a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) realizou no último dia 22 de setembro.Ao defender outro modelo de pedágio e concessões no Estado, Severo afirmou que o atual plano é inaceitável e listou 11 problemas nos contratos. Entre os principais estão tarifas “muito altas e despropositadas”, que, segundo Severo, foram fixadas ilegalmente pelo Daer, licitações eivadas de vícios e irregularidades, omissão sistemática da fiscalização e da regulação do Estado, serviços e investimentos contratados e não-realizados e fraude aos consumidores nos reajustes e revisões de tarifas. “Este modelo é insólito, impróprio, disparatado e lesivo à economia popular”, criticou o ex-ministro. Cloraldino Severo também comparou o programa estadual de concessões rodoviárias e o programa federal, a partir de análise fornecida pela Associação Brasileira de Concessão de Rodovias. Segundo ele, as diferenças entre os dois programas são significativas, especialmente na composição e no valor das tarifas. “A prorrogação é um escândalo, existem diversas outras soluções”, reiterou. Severo alerta para o fato de a prorrogação dos pólos rodoviários aparecer de forma subjetiva no Programa Duplica-RS do Governo do Estado.
(Fonte - Ass. de Imprensa CIC/Caxias do Sul)
ACIDENTE COM ÔNIBUS DO PARAGUAY NA ROTA DO SOL
Uma proteção metálica (guardrail) recentemente instalada em uma das curvas mais perigosas da Rota do Sol foi a sorte dos passageiros de um ônibus paraguaio que transportava 64 pessoas no fim de semana. Vinte e nove passageiros, entre cinco e 60 anos, ficaram feridos e foram levados a hospitais de Caxias do Sul e Porto Alegre. Motorista do ônibus de dois andares perdeu o controle do veículo às 2h30min de ontem na altura do Km 4 da Serra do Pinto e bateu na proteção metálica que separa a pista de um desfiladeiro de 100 metros de altura.Os passageiros, a maior parte integrantes do grupo Vivencias Estudio de Danza, de Assunção, haviam saído na quarta-feira passada para participar na sexta-feira e sábado do Bento Em Dança, em Bento Gonçalves. Eles seguiam para Balneário Camboriú (SC). Todos os pacientes que receberam atendimento no Hospital Geral, em Caxias, foram liberados. O motorista conta que a noite estava clara e que não havia neblina, nem chovia. O motorista não conhecia a estrada de curvas, viadutos e túneis. Diz ter sentido que perdera o controle do veículo quando notou que ele não diminuía a velocidade. Desgovernado, o ônibus atravessou a pista e parou quando um pedaço da estrutura de proteção metálica invadiu quatro metros corredor adentro, passando entre ele e seu parceiro de cabine. Ao sair dos destroços, pôde observar que um dos pneus traseiros esquerdo estava murcho.
LADRÕES DE CARGA AGEM POR ENCOMENDA
Os pneus são o mais novo alvo dos ladrões de carga em São Paulo. Dos 3.098 assaltos registrados no primeiro semestre, pelo menos 120 (3,8%) foram direcionados a esse tipo de mercadoria. A escolha, dizem funcionários de transportadoras e especialistas em segurança, está diretamente atrelada às encomendas feitas por receptadores. As empresas do setor estimam que o prejuízo com roubos neste ano atinja a cifra de R$ 220 milhões - o equivalente ao orçamento de uma cidade de médio porte, como Americana, interior de São Paulo. A polícia já recebeu denúncias sobre duas revendedoras de pneus do interior paulista que estariam praticando preços muito abaixo do de mercado - um dos indícios analisados pelos investigadores para tentar chegar aos receptadores. Apesar desses surtos esporádicos, em que uma mesma mercadoria é cobiçada pelos criminosos, o roubo de cargas tem predileções históricas, caso dos produtos alimentícios, eletroeletrônicos e cigarros. Além de valiosos, eles são de fácil aceitação no mercado clandestino. Nem o advento do sistema de monitoramento via satélite (GPS) é capaz de inibir a ação das quadrilhas. Os bandidos aprenderam a mexer nesses aparelhos. ma das táticas usadas pelos empresários tem sido a instalação de um segundo GPS oculto, o que nem sempre ajuda. Na dúvida, os bandidos metem bala no painel do caminhão e cortam todos os fios que vêem pela frente. As quadrilhas também surpreendem pela ousadia de suas ações. O grau de especialização dos ladrões é tanto que eles já descobriram uma estratégia recém-criada pelas empresas no transporte de cargas mais valiosas, como o de telefones celulares. Os aparelhos, segundo uma empresa, eram colocados no fundo do baú e produtos mais baratos na frente. Depois que os bandidos perceberam isso, não tiveram dúvida: começaram a abrir um buraco na carroceria. São 17 roubos diários de carga, em média, índice que se mantém estável desde 2004, ao contrário de modalidades que apresentaram queda nos últimos quatro anos, como homicídios e seqüestros. No País, no primeiro semestre, foram registrados 6.102 roubos - São Paulo representa 50%. Os destinos são variados. Caminhões roubados em São Paulo, por exemplo, já foram encontrados dentro de madeireiras do Pará e em fazendas de cacau no sul da Bahia. Outra parte abastece o mercado de veículos clandestinos do Paraguai.

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