quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

MUDANÇA DE HÁBITOS
O elevado número de acidentes que ocorre na ligação Sul/Sudeste entre os estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, começa a mudar os costumes dos viajantes por rodovia. O risco de acidentes cada vez mais freqüente determinou que uma empresa de Curitiba proibisse seus funcionários viajar de carro na Rodovia Régis Bittencourt. O motivo é o grande risco de acidentes. Vários trechos da estrada estão cheios de buracos. No ano passado, 173 pessoas perderam a vida. O caminhoneiro Juliano Zardo diz que, no trecho paulista, a pista está com problemas. "É muito buraco, em toda sua extensão."No lado paranaense, o asfalto está melhor, mas o mato cresce à beira da estrada escondendo a maioria das placas de sinalização. Outras estão quebradas, assim como muretas de pontes. A falta de conservação só aumenta os riscos de viajar por uma estrada que tem o trágico apelido de Rodovia da Morte. No lado paulista 147 morreram e 26 no paranaense. Outras 2.227 ficaram feridas em mais de 4 mil acidentes. Nos últimos tempos, os sinais de perigo passaram a ser tão freqüentes que empresas com escritórios ou fábricas nos dois estados estão orientando funcionários a deixar de pegar essa estrada e viajar de avião.
A SITUAÇÃO DAS ESTRDAS
Vários caminhoneiros tem nos telefonado solicitando informações sobre o estado de trafegabilidade da BR-101 que está sendo duplica no Estado de Santa catarina. De acordo com o site do DENIT, responsável pelas obras na 101, os trechos que requer maior atenção dos motoristas é de Torres no Rio Grande do Sul/Terra de Areia/Maquiné e Osório. Há desnível nos acostamentos, alguns trechos sinuosos e movimento de máquinas na pista. No Paraná, condições regulares. Em São Paulo, BR-116, divisa São Paulo/Taboão da Serra, acesso Miracatú com as constantes chuvas dos últimos dias os motoristas devem dirigir com atenção. Há trechos em situações precárias com muitos buracos, acostamento interditado e deslizamento de aterros.
PROJETO AUMENTA PUNIÇÃO PARA QUEM CAUSAR MORTE NO TRÂNSITO
A Câmara analisa o Projeto de Lei 2312/07, do deputado Jorginho Maluly (DEM-SP), que aumenta a punição para quem cometer homicídio culposo (sem intenção) em acidente de trânsito, em situações consideradas agravantes. Atualmente, o Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503/97) prevê pena de dois a quatro anos de detenção para esse crime. Além disso, estabelece que a pena poderá ser aumentada de 1/3 à metade em casos como dirigir sem ser habilitado e dirigir sob influência de álcool ou substância tóxica. Pela proposta de Maluly, essa pena será aumentada de metade a 2/3. O aumento da pena também vale para o motorista que cometer homicídio culposo em faixa de pedestres ou na calçada; que deixar de prestar socorro à vítima, quando possível fazê-lo sem risco pessoal; ou que estiver dirigindo veículo de transporte de passageiros no exercício de sua profissão ou atividade. Para o parlamentar, a falta de rigor nas leis de trânsito tem contribuído para o seu desrespeito, estimulando os motoristas a dirigirem de forma irresponsável. "É freqüente encontrar motoristas dirigindo completamente alcoolizados, sem carteira, drogados ou com excesso de velocidade. A combinação do uso de drogas com o excesso de velocidade tem levado a muitas mortes no trânsito", afirma.O deputado diz que, com o seu projeto, quem matar no trânsito não terá facilidade para alcançar a impunidade por meio de benefícios legais e "artimanhas processuais". TramitaçãoA proposta será examinada pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. Posteriormente, será encaminhada para votação em Plenário.
APPIO: DEPUTADA RITA CAMATA NÃO ESTÁ BEM INFORMADA
A notícia sobre o Projeto de Lei que proíbe o tráfego de caminhões em rodovias federais em fins de semana e feriados, está causando polêmica e protesto de todos os setores ligados ao transporte de cargas, seja empresarial ou autônomo. O deputado Francisco Appio, ligado a categoria, afirmou no dia passado que não é só o caminhoneiro o responsável por tudo o que acontece nas estradas. "Há irresponsáveis em todos os seguimentos da sociedade. Proibir o fluxo de caminhões nos finais de semana para evitar acidentes é uma ilusão – acrescentou. O parlamentar quando foi deputado federal disse que nada disso lhe surpreende, pois durante quatro anos lutou na Comissão de Viação e Transportes, tentando criar uma Frente Parlamentar Pró-Caminhoneiro e Para o Transporte Rodoviário de Cargas, e não conseguiu, simplesmente porque o caminhoneiro é um excluído do processo decisório neste País. "É lamentável que a deputada Rita Camata não tenha sido suficientemente informada de que não é este o caminho do problema que ela denuncia", concluiu.

Nenhum comentário: