quarta-feira, 26 de setembro de 2007

SANTA CATARINA NÃO QUER PEDÁGIO
O presidente da Federação dos Transportadores de Cargas do Estado de Santa Catarina, Pedro Lopes, disse que seu Estado está prestes a ser tomado por concessões de rodovias federais, com cobrança de pedágios. A Fetrancesc com seus sindicatos e apoio de outros setores que se utilizam das rodovias para trabalhar vêm combatendo a implantação das concessões, classificando a idéia de "praga exploratória". Infelizmente ela está batendo à nossa porta – disse Leopes. Os editais são de um conteúdo tão perverso e grotesco que esperamos, com os elementos que dispomos, poder afastá-los, nem que seja por um tempo para que pelo menos não nos desrespeitem, não nos tenham como fantoches incompetentes, concluiu o presidente da Fetransesc.

TERMINOU GRÉVE DOS FISCAIS
Acabou o movimento de paralisação dos fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, em greve há mais de 30 dias. Os prejuízos só no Porto de Santos podem chegar a R$ 5 milhões. O acerto foi feito no dia passado entre a Associação Nacional dos Fiscais e o governo que vai dar o aumento salarial pretendido pela categoria. A assinatura de um acordo garantiu o término da paralisação. Os trabalhos começam a ser normalizados a partir de hoje em todos os postos de fronteira, portos e aeroportos.
BANCADA DO PT QUER SAÍDA DO RELATOR DA CPI DOS PEDÁGIOS
Em nome da bancada do seu partido, o deputado Dionilso Marcon pediu na sessão da Assembléia Legislativa na tarde de ontem, o afastamento do relator da CPI dos Pólos de Pedágio. "O jogo de cartas marcadas afeta a credibilidade do deputado Berfran Rosado", alertou, referindo-se ao escândalo que veio à tona na sessão da CPI de segunda-feira (24), através da divulgação de uma gravação que compromete o parlamentar do PPS. A denúncia diz respeito a uma conversa entre o conselheiro da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs), Guilherme Socias Villela, e a diretora de qualidade da Agência, Denise Zaions. O diálogo evidencia que o relator passou previamente a diretora as perguntas a serem respondidas por ela na CPI. O fato foi revelado pelo deputado Paulo Azeredo (PDT), que tornou pública a cópia da gravação e a transcrição da conversa.
"Desde o início, percebemos que havia jogo ensaiado nas perguntas formuladas pelo relator a depoentes. As perguntas entregues antecipadamente facilitavam as respostas. Conforme a pergunta, o depoente lia a resposta", frisou Marcon. Além disso, lembra que até mesmo a imprensa já especulava sobre o fato de o relator ser homem de confiança das concessionárias e da governadora do estado. Trata-se, na visão de Marcon, de algo da mais alta gravidade, pois envolve a credibilidade da Assembléia Legislativa e da CPI e um conselheiro que já foi prefeito de Porto Alegre e deputado estadual. "Em função disso, Berfran Rosado perdeu a credibilidade e não tem mais como permanecer na relatoria", afirma o deputado. "Onde há fumaça, há fogo. Esta Casa sempre prezou pela seriedade. Sempre tivemos diferenças políticas, mas nunca marcamos o resultado antes de começar o jogo. O relator não tem mais condições de prosseguir nos trabalhos. Deputado tem que ter honestidade. Tem que admitir o erro, caso contrário esta CPI vai acabar em pizza". Marcon ressaltou que o Parlamento tem compromisso com a sociedade gaúcha e com os usuários das praças de pedágio de promover investigações sérias e apresentar um resultado final consistente. "Estamos trabalhando para mostrar à sociedade a caixa preta dos contratos entre concessionárias e o governo estadual. Neste momento, temos mais de 12 requerimentos que não conseguimos aprovar e uma discussão sobre a prorrogação do prazo dos trabalhos da CPI", observou Marcon.

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