quinta-feira, 6 de novembro de 2008

FETRANSUL ENTREGA Á IMPRENSA PESQUISA CONTRA PEDÁGIOS
A Fetransul - Federação das Empresas de Transportes e Logística no Estado do Rio Grande do Sul entregou á imprensa no dia passado o resultado de uma pesquisa sobre os pedágios no Estado.
A referida pesquisa foi realizada durante os meses de julho e agosto deste ano, abrangendo todos os pólos rodoviários e comunitários.
Foram ouvidos 900 usuários. O resultado apontou que 96,1% não aceitam o modelo atual.
50,4% acham que o governo deveria promover uma nova licitaçãO;
45,7%, o governo deve converter os atuais pedágios em comunitários;
3,6% á favor de renovar agora os contrastos por mais 15 anos.
72,3% concorda que os pedágios comunitários é a solução. O deputado Francisco Appio, da Frente Parlamentar contra a Prorrogação dos Pedágios esteve presente na coletiva à imprensa e á tarde fez pronunciamento da Trinuna da Assembléia Legislativa chamando a atenção dos deputados para a importância do resultado da pesqueisa da Fetransul, espcialmente ás vésperas de chegar a Casa, projeto do Governo (ao que tudo indica) sobre a prorrogação dos contratos.
Após apresentação dos resultados da pesquisa, o presidente Paulo Caleffi, disse que "o governo não pode fazer caridade com o chapéu alheio".
Abaixo a íntegra da entrevista coletiva de Paulo Caleffi aos órgãos de imprensa gaúcho.
"O governo tem as suas obrigações. Ele tem a obrigação de investir na infra-estrutura rodoviária. O governo está jogando em cima da população do estado do Rio Grande do Sul, que há 10 está perdendo a competitividade em relação aos demais estados, onde o preço do pedágio é menor e o benefício das rodovias é maior, dos empresários gaúchos e quem produz a riqueza um custo e transferindo a receita me transferindo a receita com alto lucro ás concessionárias. Olha, uma preocupação, já foi até vendida uma concessão que vai terminar em1013. Quem comprou certamente vai estar contando com a prorrogação das concessões, o que não é interessante.
Há possibilidade de uma nova pesquisa?
- Nós temos uma segunda pesquisa em andamento que é sobre o estado das rodovias. O estado das nossas rodovias é precaríssimo. Parece até proposital o que está acontecendo porque o povo gaúcho transitando por estradas esburacadas, sem sinalização, sem segurança como tem hoje. Pode até considerar que esse programa de prorrogação de concessões venha a ser interessante, mas o Estado não está cumprindo com a sua obrigação, que é de cuidar das nossas rodovias. A própria estrada turística – que eu freqüento diariamente que é esta que vai á região dos vinhedos – é uma calamidade, só buracos. Vocês leram na imprensa anteontem que pegaram dois automóveis com carga tóxica porque eles estouraram os seus pneus nas rodovias. Agora, os usuários, estão estourando os seus pneus, correndo riso, só que não estão colocando ás ações na justiça contra quem deveria ser o próprio Estado.
O Senhor pode revelar que empresa foi vendida?
A concessão que foi vendida foi a UNIVIAS.
O senhor acredita que esse um bilhão que seria a negociação para entrar nos cofres públicos não vale a pena?
Três coisas: Primeiro, o um bilhão que será aplicado pelas concessionárias ele vai ser aplicado com o dinheiro da arrecadação dos contribuintes. Então não é um investimento que eles farão para depois serem ressarcidos, não. Eles estão arrecadando o nosso dinheiro, que não é um investimento da parte deles.
Segundo, o dinheiro que se pretende aplicar – um bilhão – é insignificante em função da arrecadação que os pedágios proporcionarão conforme entregamos para vocês, que se supõe, 5 bilhões de reais.
Terceiro: deve ser um bom negócio para eles quererem renovar para mais 15 anos. Então, se é um bom negócio pra quem está aí, alguém está perdendo, se eles estão ganhando. Quem está perdendo é o povo gaúcho.
Houve erro nas concessões há dez anos atrás?
Naquela época nós não tínhamos modelos comparativos. Então, é um pouco mais difícil, mas hoje existem modelos comparativos que mostram que é muito melhor uma nova licitação até com participantes internacionais, como aconteceu com a Espanha em investimentos feitos no centro do Brasil. Naquela época nós tínhamos poucos modelos para comparar, mas hoje se sabe que se tiver, no passado teria sido um erro.
A Federação pretende iniciar também algum tempo de pressão cobrando a nível de governo federal alguns projetos importantes, como a Rodovia do Parque, a duplicação da estrada Rio Grande/Pelotas?
A União tem investido com recursos próprios aqui, haja visto a duplicação do trecho entre Rio Grande e Pelotas. A União tem condições de fazer estes investimentos. Nós achamos que as estradas são concessão hoje controladas pelo Estado do Rio Grande do Sul e que são da União, deveriam ser devolvidas para a União e a União que faça os investimentos. O deputado Gilmar Sossela está propondo uma nova CPI dos pedágios. A Federação apóia?
Falta uma assinatura para sair a CPI dos Pedágios, e nós achamos que essa assinatura pode acontecer a qualquer momento. Como a imprensa já sabe quem não assinou, deveria perguntar para essa assinatura que falta por que você não assina?
CHURRASCO E BOM CHIMARRÃO
Pela terceira semana consecutiva, usuários da RS-400 realizaram manifestações em dois pontos da rodovia em protesto contra as más condições do asfalto. No início da noite de ontem, cerca de 80 pessoas, a exemplo das semanas anteriores, assaram cerca de 20 quilos de carne em churrasqueiras improvisadas nos buracos da rodovia, na localidade denominada Passa Sete, que liga Candelária a Sobradinho. Nesses locais o trânsito ficou em meia pista. O dentista Ivan César Müller afirma que algumas crateras têm mais de 20 centímetros de profundidade. A intenção segundo os usuários é bloquear a rodovia em dois locais no próximo protesto caso o Daer não inicie a recuperação efetiva. Explica que equipes tapam meia dúzia de buracos e logo vão embora. "Queremos ver caminhões descarregando asfalto e máquinas no trabalho. Precisamos de agilidade", ressalta. O próximo protesto devem ocorrer durante a semana com representantes de Candelária, Sobradinho e Arroio do Tigre, além de municípios próximos. O dentista Ivan Müller afirma que a intenção é realizar o bloqueio durante o dia todo como forma de pressionar o Estado a tomar medidas efetivas para a recuperação da estrada. Em longos trechos os motoristas não encontram outra alternativa senão apelar para manobras arriscadas, invadindo a pista contrária e o acostamento.
BLITZ CONTRA OS QUE BEBEM E SAEM A DIRIGIR
Em razão dos muitos acidentes causados por caminhões, a Polícia Militar de São Paulo vai passar a fazer, a partir desta semana, blitz com bafômetro focadas nos condutores desses veículos na madrugada paulistana na marginal Tietê. Os bloqueios também serão realizados na marginal Pinheiros e nas avenidas dos Bandeirantes, Salim Farah Maluf, Tancredo Neves e nas Juntas Provisórias.
QUADRILHA ATACA DEPÓSITO DE MEDICAMENTOS
Um depósito de medicamentos de Estância Velha - Novo Hamburgo - foi atacado por 15 homens fortemente armados. Os bandidos levaram dois caminhões carregados e mais um veículo da empresa. Para poder executar o plano os ladrões dominaram dois funcionários quando estes chegavam em casa após o trabalho. Sob ameaça, foram obrigados a voltar ao depósito da empresa tornando mais fácil a ação criminosa. Toda a operação durou cerca de três horas, período suficiente para os ladrões escolherem os medicamentos e caregar os caminhões. Os funcionários foram liberados ontem mesmo em Novo Hamburgo há 30 quilômetros do local. Segundo a Polícia, a quadrilha é muito bem organizada, pois levaram até o equipamento de gravação de imagens, para não serem identificados. Horas mais tarde os dois caminhões foram encontados abandonados em Campo Bom.

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