sexta-feira, 12 de outubro de 2007

NO BRASIL, METADE DOS CONDUTORES DE CAMINHÃO SE DOPAM
Os caminhões dominam as estradas e as estatísticas no Mato Grosso: eles se envolvem em sete de cada 10 acidentes nas BRs, muitas vezes provocados por manobras irresponsáveis. Os caminhoneiros se justificam: por trás da imprudência estaria a pressão exercida pelas transportadoras. As queixas foram levadas ao Ministério Público do Trabalho, que decidiu fazer uma pesquisa. Durante um mês, motoristas que passaram por Mato Grosso responderam questionários e fizeram exames. Os testes comprovaram que um terço deles dirige drogado. A pesquisa indicou que 51% já se doparam ou ainda se dopam, 33% não usam drogas e 46% trabalham mais de 16 horas por dia.
SANTA CATARINA É O SEGUNDO ESTADO EM ACIDENTES NAS ESTRDAS
As 27 pessoas que morreram terça-feira na BR-282, em Santa Catarina, engrossam uma triste estatística que não cai mesmo após 10 anos da implantação do Código de Trânsito Brasileiro. Santa Catarina é hoje o segundo Estado onde mais morrem pessoas em estradas federais e estaduais no país. Em 2006, 1.183 perderam a vida, segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). SC fica atrás apenas de Minas Gerais, o campeão em tragédias, com 2.335 mortes. O Brasil registra em média 40 mortes no trânsito por dia. O cálculo do Ipea une o total de mortes em rodovias federais e a estimativa de mortes nas estaduais no ano passado. O prejuízo causado aos cofres públicos é de R$ 22 bilhões ao ano. Relatório de 2004 da Organização Mundial de Saúde (OMS) já alertava para o aumento de acidentes. A projeção é de que, se nada for feito, as mortes e seqüelas causadas por acidentes de trânsito irão aumentar e ocupar outra posição no ranking mundial - hoje é a 9ª. O índice de mortes por mil quilômetros de rodovias é de 10 na Itália, 6,6 nos EUA e de 3,3 no Canadá. No Brasil, é de 106,8.
MOTORISTAS SÃO MAL FORMADOS NO BRASIL
Formamos mal nossos motoristas, não oferecemos educação e mantemos nossas estradas em situação precária. Daí para frente, as mortes são apenas uma questão quantitativa. O governo precisa urgentemente aumentar, ainda mais, e com insistência na mídia, campanhas educativas conscientizando de uma vez por todas que o veículo é como uma arma. Se mal dirigido mata, e mata muito mais que uma arma de fogo.

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