segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

PREVISTO AUMENTO DO FRETE
Dificuldades operacionais, terminais superlotados, falta de caminhões, motoristas, ajudantes, com expressivos atrasos nas entregas são justificativas apresentadas pela NTC para que haja um reajuste médio no frete para atender às necessidades imediatas do setor passando dos 15%, divulgados em outubro de 2009 e não aplicados, para 18%. Flávio Benatti, presidente da NTC disse que além disso, é importante que os transportadores sejam devidamente remunerados por todas as generalidades e serviços adicionais, tais como: tempo do caminhão parado nos clientes e nos postos fiscais, a permanência da carga nos terminais; a cubagem das cargas volumosas, manuseio, paletização, escoltas e custos com gerenciamento de riscos, entre outros. Para Benatti a crise deflagrada no final de 2008 trouxe consequências graves para a atividade e que, como forma de se proteger e preservar clientes, o setor adiou investimentos e se desmobilizou. Com a retomada da economia já a partir do segundo semestre de 2009, não houve tempo e nem recursos suficientes para atender à demanda do final do ano com a qualidade e segurança necessárias. Com a justificativa de melhorar o trânsito nas cidades e nas estradas, em nome da segurança ou do meio ambiente, são criadas cada vez mais taxas, vistorias, licenças, e restrições à circulação dos veículos comerciais. De acordo com Benatti, tais fatores, não contemplados pelos indicadores de preços, reduzem muito a produtividade e encarecem substancialmente o serviço de transporte rodoviário de cargas. Diante destes fatos constata-se a necessidade de se recompor imediatamente os valores do frete, para permitir a cobertura dos custos, a reposição das margens de lucro e assegurar os investimentos necessários para que a demanda de carga possa ser atendida dentro da normalidade. Caso contrário, o transporte rodoviário de cargas pode se transformar em grave ponto de estrangulamento para o alto crescimento econômico do país, previsto para este e os próximos anos, conclui o presidente da NTC.

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