CRESCE O ROUBO DE CARGAS EM SÃO PAULO E RIO DE JANEIRO
O roubo de cargas aumentou 10% em relação à média do ano passado em São Paulo. Os p´rejuízos ultrapassaram os R$ 62 milhões nos primeiros três meses do ano 6% a mais que a média de 2008. Conversamos por telefone com um dos maiores especialistas do assunto para esclarecer algumas dúvidas sobre este crime que inferniza a vida dos transportadores e gera grandes prejuízos à sociedade, Coronel Paulo Roberto de Souza, assessor de Segurança do SETCESP, um dos maiores especialistas do Brasil quando o assunto é roubo de cargas. Revelou que 75% do roubo de cargas no Brasil estão concentrados nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, explica o coronel. De acordo com ele os dois Estados do Sudeste são as únicas unidades da federação em que o roubo de cargas é realmente uma preocupação. - Mas por que o roubo de cargas se tornou uma atividade tão atrativa para os criminosos?
Porque é mais fácil conseguir dinheiro com um roubo de carga de alto valor, raramente escoltado do que assaltar um banco. Na medida em que se configurou o comércio paralelo e a receptação, a carga virou um bom negócio. Nesse cenário todo, ao longo destes 18 anos, o crime contra as cargas prosperou principalmente por causa da falta de resposta das autoridades", explica o Cel. Souza, fazendo um panorama da evolução do roubo de cargas no Brasil. Souza considera que as esferas governamentais não têm feito sua parte para prevenir, combater ou reprimir o roubo de cargas. De acordo com ele, faltam ações mais enérgicas e, principalmente, uma legislação mais bem estruturada para combater este crime, principalmente para inibir a receptação de cargas roubadas. "O receptador é a raiz de todo o problema do roubo de cargas. A forte atuação da receptação é incentivada, além do lucro, por penas brandas previstas pelo Código Penal brasileiro. A pena para o roubo de cargas no Brasil está vigente desde os anos 40, quando ainda não se conhecia o crime organizado, nem a estrutura organizada do roubo de cargas. Com isso, o crime de receptação é considerado de gravidade leve e a pena vai de 1 a 3 anos de prisão.
Perguntado sobre como aplacar a "festa" da receptação de cargas no Brasil, Souza fala de alguns exemplos que funcionaram na Itália e na Argentina. "A Itália deu o exemplo ao derrubar a máfia e o crime organizado descapitalizando os bandidos. Com o perdimento de bens, é possível minar todo o sistema criminoso de receptação de cargas roubadas. Na Argentina existe também uma lei que, desde novembro de 2003 está em vigor e fez o roubo de cargas cair 60% com a ameaça de interdição dos estabelecimentos comerciais e auditorias caso haja um item roubado sequer em seu estoque. Parte-se do pressuposto de que, se há um artigo roubado, tudo pode ser roubado também, inclusive em todas as filiais. Imagine uma grande rede varejista fechar as portas por meses por causa de um fato desses, impossibilidade de vender. É um golpe duro. No Brasil, o roubo de cargas é uma festa por causa da inércia das autoridades e da fragilidade das leis", explica o Cel.Souza.
Porque é mais fácil conseguir dinheiro com um roubo de carga de alto valor, raramente escoltado do que assaltar um banco. Na medida em que se configurou o comércio paralelo e a receptação, a carga virou um bom negócio. Nesse cenário todo, ao longo destes 18 anos, o crime contra as cargas prosperou principalmente por causa da falta de resposta das autoridades", explica o Cel. Souza, fazendo um panorama da evolução do roubo de cargas no Brasil. Souza considera que as esferas governamentais não têm feito sua parte para prevenir, combater ou reprimir o roubo de cargas. De acordo com ele, faltam ações mais enérgicas e, principalmente, uma legislação mais bem estruturada para combater este crime, principalmente para inibir a receptação de cargas roubadas. "O receptador é a raiz de todo o problema do roubo de cargas. A forte atuação da receptação é incentivada, além do lucro, por penas brandas previstas pelo Código Penal brasileiro. A pena para o roubo de cargas no Brasil está vigente desde os anos 40, quando ainda não se conhecia o crime organizado, nem a estrutura organizada do roubo de cargas. Com isso, o crime de receptação é considerado de gravidade leve e a pena vai de 1 a 3 anos de prisão.
Perguntado sobre como aplacar a "festa" da receptação de cargas no Brasil, Souza fala de alguns exemplos que funcionaram na Itália e na Argentina. "A Itália deu o exemplo ao derrubar a máfia e o crime organizado descapitalizando os bandidos. Com o perdimento de bens, é possível minar todo o sistema criminoso de receptação de cargas roubadas. Na Argentina existe também uma lei que, desde novembro de 2003 está em vigor e fez o roubo de cargas cair 60% com a ameaça de interdição dos estabelecimentos comerciais e auditorias caso haja um item roubado sequer em seu estoque. Parte-se do pressuposto de que, se há um artigo roubado, tudo pode ser roubado também, inclusive em todas as filiais. Imagine uma grande rede varejista fechar as portas por meses por causa de um fato desses, impossibilidade de vender. É um golpe duro. No Brasil, o roubo de cargas é uma festa por causa da inércia das autoridades e da fragilidade das leis", explica o Cel.Souza.
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