sexta-feira, 22 de maio de 2009

CAMINHÃO E CARRETA TOMBAM NA FREEWAY
Acidentes ocorreram em um intervalo de 20 minutos em Santo Antônio da Patrulha e Gravataí
Um caminhão e uma carreta tombaram na freeway durante a madrugada desta sexta-feira. O primeiro acidente ocorreu às 3h. Uma carreta carregada de arroz tombou no km 37 da estrada, em Santo Antônio da Patrulha, no sentido Capital-Litoral. Duas faixas foram interditadas e não havia previsão de liberação. O caminhoneiro sofreu ferimentos leves e foi levado ao hospital de Osório. Vinte minutos depois, em Gravataí, ocorreu o segundo acidente. Um caminhão carregado de laticínios seguia no sentido Capital-Litoral quando tombou no km 70 da rodovia. O veículo estava no canteiro lateral. O acostamento foi bloqueado no trecho. Os motoristas teriam perdido o controle da direção, conforme a Concepa. O trânsito estava lento nos dois pontos.
(Fonte: Zero HorA)
TRÂNSITO GAÚCHO FEZ 454 VÍTIMAS NOS PRIMEIROS 4 MESES DO ANO
Trânsito gaúcho fez 454 vítimas nos primeiros 4 meses do ano.
Mortes no Estado equivalem à metade das que ocorreram na guerra do Iraque, aponta Detran. Novo Hamburgo - Nos primeiros quatro meses do ano, 454 gaúchos perderam a vida no trânsito, conforme dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). No mesmo período, os conflitos no Iraque mataram 1.084 pessoas, segundo estimativas das agências internacionais de notícia. A comparação entre as duas situações revela uma realidade difícil de entender: cada 2,38 mortos no Iraque equivalem à morte de um motorista, caroneiro, ciclista ou pedestre gaúcho. E a comparação fica ainda mais cruel quando se tem a informação de que o mês de abril foi um dos mais sangrentos no país do Oriente Médio, com a retomada dos ataques suicidas, que mataram em torno de 680 pessoas, contra 250 em março. Para o professor de transporte e trânsito do curso de Engenharia Civil da Unisinos, João Hermes Nogueira Junqueira, os números de mortos no trânsito do País e do Estado vêm diminuindo, mas ainda assustam. "Antes do novo Código Brasileiro de Trânsito, há mais de dez anos, as estatísticas de morte no trânsito eram comparadas às vítimas da guerra do Vietnã’’, informa. A explicação, segundo o especialista, é que os esforços dos órgãos ligados à área foram direcionados à legislação, fiscalização e engenharia, mas não à educação para o trânsito. "Sem isso, continuaremos com essa triste estatística.’’SOLUÇÃO - É por também entender que o problema ainda é grave que o Detran, que tem como missão gerenciar e promover ações que possibilitem um trânsito seguro, organiza atividades na área educacional. As ações em vigor atualmente são programações com crianças até a 4.ª série do ensino fundamental e palestras de conscientização em empresas. Na próxima quarta-feira, dia 27, por exemplo, a unidade móvel de educação do departamento estará em Novo Hamburgo, na Escola Municipal Castelo Branco, bairro Canudos. "Precisamos trabalhar para uma mudança de cultura não só dos motoristas, mas de todos os envolvidos no trânsito, pois só assim teremos a tão sonhada paz’’, declara a pedagoga da assessoria de educação para o trânsito, Soneli Gnatta. Lei Seca teria reduzido gravidade dos acidentesA maioria das vítimas fatais nos acidentes de trânsito no Estado no primeiro quadrimestre do ano, (57,92%) foi nas rodovias federais ou estaduais. No caso das estradas federais, os números de 2009 (118) foram inferiores aos do ano passado (150). O chefe substituto do Núcleo de Comunicação Social da PRF, Jorge Nunes, atribui a queda à Lei Seca, em vigor desde junho de 2008. "O que se assistiu após a nova legislação é a diminuição da intensidade dos acidentes, o que reduziu a mortalidade’’, avalia Nunes. Na BR-116, de Canoas a Dois Irmãos, o número de mortes foi o mesmo nos dois períodos. Já nas rodovias estaduais, em 2008 foram 124 mortos e nesse ano, 145. O titular do Comando Regional da Brigada Militar (CRBM), tenente-coronel Edar Borges Machado, explica que a Polícia tem parcela de responsabilidade para interferir no processo, mas não tem o poder de mudá-lo sozinha.Fiscalização e mudança de procedimentosO comportamento dos usuários não é o único fator que produz um número de vítimas que não condiz com a paz no trânsito. "De 2008 a 2009, aumentou mais de 7% o número da frota de veículos no Estado, a população aumentou em mais de 4% e, por mais que a Polícia atue e fiscalize, se o usuário não mudar seus procedimentos, não vamos mudar os resultados’’, argumenta o tenente-coronel Edar Borges Machado.Campanhas precisam ser contínuasCampanhas de educação para o trânsito, conforme o professor da Unisinos João Hermes Nogueira Junqueira, teriam de ser feitas continuamente e não apenas em épocas específicas. "O investimento governamental para a sensibilização da sociedade tem que ocorrer a todo o momento pois, do contrário, o usuário acaba esquecendo’’, defende. "Mas a responsabilidade não é exclusiva do governo. É da sociedade", avisa.
(Fonte: Diário de Canoas)

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