COMO FREAR A VIOLÊNCIA

Precisamos pensar juntos. Não se agüenta mais conviver com o noticiário da imprensa, todos os dias, dando conta de que aconteceram na rodovia tal mais um acidente; que nesse acidente morreram todos os componentes da mesma família; que o veículo ultrapassou em local não permitido; que houve imprudência do motorista e que não sei mais o quê. Sobre o tema "Como Frear a Violência" a RBS promoveu na última terça-feira um debate que, inclusive, foi transmitido via Internet e pela TV-Com, reunindo profissionais da área médica, do trânsito, segurança pública, jornalistas e de outros setores que cuidam da problemática do tráfego nas estradas e nos perímetros urbanos. Foi um ótimo debate. O Brasil tem prejuízo anual de R$ 105 milhões com acidentes de trânsito. São custos com perdas em produção, custos médicos, previdência social, custos legais, perdas materiais, despesas com seguro e custos com emergências entre outros. Está cientificamente comprovado que 64% dos acidentes são causados por falhas humanas, isto é, imprudência, pura imprudência, 30% tem origem em problemas mecânicos e penas 6% são conseqüência de má conservação de via rodoviária. Quando residi em Brasília tive a oportunidade de conhecer o Hospital Sarah Kubistchek, que dispensa maiores apresentações. Nas suas enfermarias descobri que a violência no trânsito vem produzindo mais pessoas incapazes do que milhares de mortos todos os dias nas estradas – um verdadeiro exército de incapacitados físicos. Na última década do século passado, o número de mortos em acidentes de trânsito no Brasil foi de cerca de 25.000 pessoas ao ano – 250 mil brasileiros mortos – e 3 milhões de brasileiros feridos. De cada grupo de sobreviventes, cerca de 4 pessoas se tornaram incapacitadas fisicamente – 1 milhão de pessoas. Dos pacientes que foram vítimas de acidentes de trânsito, a grande maioria deles chegou ao Sarah para tratamento de reabilitação de algum tipo de neurotrauma – isto é, lesões do Sistema Nervoso Central (lesões cerebrais ou lesões medulares). Enquanto escrevia (estas mal traçadas linhas) estava lembrando os pactos que são assinados por esse Brasil a fora. Há pactos e convergências para todos os gostos. Os políticos compactuam, os governos compactuam, todo mundo está nessa de buscar entendimentos e acertos para uma vida melhor, será que entre os motoristas não pode haver um pacto de, por exemplo – não dirigir alcoolizado? Trafegar na velocidade adequada? Obedecer fielmente o Código de Trânsito? Será que isso não é possível? Lembre-se: todos nós somos cúmplices da violência que marca a sociedade brasileira. E juntos arcamos com o custo dessa violência. É uma questão de vida. É um dever de cidadania. Mude de atitude. Evite acidentes.

Francisco Dias - Reporter do SOS Caminhoneiro

CUIDADO!!!

Caminhoneiros gaúchos que transitarem pelas estrdas do Paraná tenham cuidado. Dirijam com cautela. Para ganhar empo nesta época de safra, máquinas do campo estão usando rodovias como atalho. Infrações são constantes e podem acabar provocando acidentes. Para levar uma colheitadeira de uma propriedade para outra, os agriicultores estão usando as rodovias. Segundo o Código Nacional de Trânsito, as máquinas agrícolas têm que se tranmprtadas em cima de caminhões. Para isso, é necessário uma licença especial do Departamento de Estradas de Rodagem, mas poucos agricultores sabem e descumprem a lei. Na rodovia entre maringá e Campo Mourão, um comboio de cinco colheitadeiras foi flagrado neste final de semana ocupando o acostamento de boa parte da pista.