segunda-feira, 10 de março de 2008

ATROPELAMENTOS
Já morreram 32 pessoas, vítimas de acidentes de trânsito na Serra Gaúcha desde o início do ano. Só no domingo três mortes entre a manhã e a noite de domingo foram registradas. O primeiro caso ocorreu de madrugada, na RS-122, em Flores da Cunha. A jovem Deuza Soares dos Santos, 26 anos, foi atropelada por um carro quando caminhava na companhia do namorado, Ericson da Silva, 19, próximo à empresa Plásticos Panizzon. O outro caso foi registrado, também na RS-122, entre Antônio Prado e Vacaria e resultou em duas mortes. No atropelamento de Flores da Cunha, o carro que atingiu Deuza estaria participando de um racha na rodovia. O motorista fugiu do local sem prestar socorro e até ontem não havia sido identificado. O casal voltava a pé de um baile em São Gotardo pela RS-122, com a intenção de seguir até o Loteamento União, onde a jovem morava. Segundo Ericson, dois veículos em alta velocidade, que seguiam no sentido Flores-Caxias do Sul, passaram por eles no Km 91.- A gente ia de mãos dadas no acostamento, e a Deuza estava no lado da pista. Foi muito rápido. Ela me empurrou, mas não conseguiu se salvar - disse o rapaz, que não soube descrever como eram os carros.O outro acidente também ocorreu na RS-122, entre Antônio Prado e Vacaria, por volta das 19h30min. De acordo com a Brigada Militar de Antônio Prado, duas pessoas morreram no choque entre um Gol, um Monza e um caminhão, ocorrido próximo à localidade de Porteirinha. As vítimas fatais viajavam no Gol, com placas de Lagoa Vermelha. Até as 22h de ontem, o Grupo Rodoviário de Farroupilha, que também atendeu à ocorrência, não sabia informar o nome das pessoas envolvidas no acidente e nem as placas dos veículos.
ESTÁ AUMENTANDO O NÚMERO DOS QUE DIRIGEM BÊBADOS
Conduzir um veículo constitui ato de extrema responsabilidade. Quem estiver disposto a dirigir deve estar ciente de que não basta estar devidamente habilitado, conhecer as regras de trânsito, andar na velocidade compatível com a pista. É preciso muito mais do que executar tais obrigações mínimas. É fundamental que o motorista conscientize-se de que o ato aparentemente trivial encerra um sem-número de desdobramentos que podem incorrer em funestas conseqüências para si próprio e para terceiros. Que se tome como exemplo o caso da ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. A legislação estipula o limite de consumo em 0,6 gramas de álcool por litro de sangue, o equivalente ao consumo de três latinhas de cerveja. Se para alguém disposto a se divertir essa quantidade pareça irrisória, para quem conduz um veículo ela pode representar a fronteira entre o domínio sobre uma máquina possante e o descontrole fatal. Eis porque é tão preocupante a constatação de que o consumo abusivo de álcool por motoristas vem aumentando. A Polícia Rodoviária Federal identificou no ano passado, em Santa Catarina , um número de motoristas embriagados 33% superior ao de flagrados no ano anterior - 612 condutores, contra 458. Se levarmos em consideração que as polícias rodoviárias vêm atuando com parcos recursos e pessoal insuficiente, chegaremos à conclusão de que os identificados representam apenas uma parte mínima do universo de infratores. Confirma este raciocínio um estudo do Instituto Médico Legal de São Paulo segundo o qual 56% dos motoristas mortos em 2005 na capital paulista em acidentes de trânsito estavam alcoolizados. Importante frisar que a pesquisa não computou os que morreram vítimas de acidentes provocados por bêbados e os embriagados que se acidentaram, mas não vieram a óbito.

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