quarta-feira, 18 de agosto de 2010

MAIS DE CINCO MIL MOTORISTAS JÁ FORAM TREINADOS PELO CENTRONOR DE VACARIA
O diretor do Centro de Treinamento para Motoristas de Caminhão do Nordeste do Estado, com instalações em Vacaria-RS, Paulo Ossani, em entrevista ao SOS Caminhoneiro informa que acaba de chegar ao Centronor mais um caminhão zero quilômetros que fará parte da frota de veículos para treinamento de motoristas profissionais. Este é o quarto caminhão que a fábrica Scania entrega em regime de comodato para o Centronor “que vem agregar a mais um serviço que estamos desenvolvendo a partir de janeiro deste ano que é a formação de mão de obra”, explica Ossani. Disse que o novo caminhão servirá para transformar o motorista do caminhão pequeno (truck) para motorista de carreta. Para o diretor do Centronor o sonho do motorista é trabalhar com caminhão grande (carreta, bitrem, rodotrem). É muito difícil que uma empresa contrate um motorista jovem sem que ele tenha experiência em carreta para colocá-lo diretamente no trabalho. Ele tem poucas opções. E o Centronor se propõe a fazer esta formação. O motorista roda um trajeto de 4.000Km carregado, num regime de ida e volta, atravessando serra, trânsito urbano, rodovias para que ele se familiarize com a carreta para depois passar a trabalhar efetivamente com o novo caminhão, comenta Paulo Ossani.O diretor do Centronor salienta que é de extrema importância o apoio que a fábrica Scania e demais parceiros têm oferecido ao Centro de Formação de Motoristas, em função que hoje há uma grande demanda de caminhões e há falta de mão-de-obra. De acordo com o diretor Paulo Ossani o Sul do país ainda não está vivendo com tanta intensidade este problema, mas já há sinais disso. Lembra que regiões do centro e Nordeste tem frotas paradas pela falta de motoristas. “Antigamente o pai ensinava para o filho a sua própria profissão. Hoje é o contrário, o pai não quer mais que ele seja motorista, em função da falta de segurança nas estradas e o perigo iminente sofrido a cada viagem”, comenta.O transporte rodoviário, assevera Ossani, responde por 60% do que o Brasil produz, significando uma ferramenta de extrema importância, para o desenvolvimento do país.Disse que os transportadores já estão vivendo um apagão logiístico, “temos o caminhão, temos os serviços, temos o equipamento e falta mão-de-obra. Precisamos formar, qualificar e buscar alternativas para que os negócios continuem prosperando como sempre prosperou”, concluiu.Já foram treinados pelo Centronor, desde a sua fundação, há sete nos, 5.178 motoristas.
ACABOU A PARALISAÇÃO DOS CAMINHONEIROS DO MATO GROSSO
Durou apenas um dia a paralisação dos caminhoneiros do Mato Grosso que visava pressionar a ALL, a melhorar as condições de trabalho nos terminais ferroviários de Alto Taquari e Alto Araguaia. Os manifestantes haviam cruzado os braços e estavam sem descarregar nas duas unidades desde a manhã da segunda-feira.Em reunião de negociação eles conseguiram que a empresa atendesse parcialmente suas reivindicações. A principal delas era o asfaltamento dos pátios dos dois terminais. Em época de seca, a poeira castiga os trabalhadores. E na chuva, a lama prejudica o trabalho deles.Segundo o presidente da Federação dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário de Carga do Estado, Luiz Gonçalves da Costa, a ALL se comprometeu a colocar pó de brita, num prazo de 120 dias. A empresa também vai parar de cobrar pelo uso dos banheiros e acabar com o sistema de chamada para descarga pelo alto-falante durante a madrugada.Os motoristas que passam a madrugada esperando para descarregar reclamam que não conseguem dormir na boleia com medo de perderem a vez. “A empresa ficou de colocar um funcionário para ir acordar o caminhoneiro quando for a hora dele descarregar”, diz o líder sindical.
A FISCALIZAÇÃO ESTÁ PEGANDO
A Agência Nacional de Transportes Terrestres já começou a fiscalização do Registro Nacional de Transportador Rodoviário de Cargas, obrigatório a todos os que realizam a atividade de transporte rodoviário no País. Na semana passada uma fiscalização nacional nas principais rodovias e abordou 28.400 caminhões.Destes, 15% estavam com irregularidades, como falta do registro ou falta de documentos, e foram autuados pela Polícia Rodoviária Federal. O registro é uma exigência e trafegar sem o documento incorre em multa e outras sacões.Segundo a ANTT, a meta é recadastrar 1.154.356 transportadores até o final do prazo, em 31 de dezembro deste ano, mas, até o momento, somente 25% dos registros foram realizados. “A ANTT não está cancelando os registros antigos, mas eles estão irregulares. Quem não se recastrastar até a data prevista conforme o número final do registro antigo está sujeito a receber um auto de infração”, afirma o Superintendente de Fiscalização Substituto, José Glauco Dias. As infrações variam de R$ 500 a R$ 5.000.

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